sábado, 27 de setembro de 2008

Um dia... Um pensamento...


Da pessoa querida
Aquela que marcou minha vida
Não guardei rancor

E mesmo magoado
Posto de lado
Resistiu meu amor,

Mas a vida é assim
Você magoa a mim
Deixo passar

E você nem percebe
Que meio de leve
Posso deixar de te amar,

Mas apesar dos conflitos
Simples atritos
O amor é mais forte

Se depender de mim
Tudo, apesar de assim,

Pra me separar de você...

Nem a morte

Edson ... cara, hoje estou meio desacreditado, mas apesar disso, os românticos existem.

Humanização


Num tempo onde, ao menos na área da saúde, se fala muito em humanização, no meu ponto de vista, não generalizando, estamos muito longe disto, e em alguns casos ainda, retrocedendo nesse sentido. É aquela velha história, a teoria é muito boa, motivadora, porém, quem realmente está disposto a colocá-la em prática? Acredito nos idealistas da profissão, e tenho a sorte de ter conhecido uns poucos. Enquanto eles te vêem com respeito, amizade, carinho, ou seja, como um ser humano igual, pois com uma insuficiência física, outros te classificam simplesmente como paciente, às vezes até menos que isso. Ainda se te tratassem como “cliente”, pois é como te ensinam nessa área da saúde, acredito que seriamos melhor tratados, pois “o freguês sempre tem razão”. É lógico que sabemos que não é bem assim, pois da mesma forma que existem maus profissionais existem maus pacientes, e olha que tem gente mala hein. Como disse, não vamos generalizar. Acho que fico indignado com certas atitudes como, por exemplo, eu necessito de um atestado dizendo que faço hemodiálise, pois por algum motivo tenho que entregá-lo amanhã, e o médico que “cuida” do meu caso só virá depois de amanhã; assim vou confiante e peço, com toda educação que meus pais me deram, para o médico do dia que me retorna: “Peça para seu médico.”. Humanização? Xé... tudo balela pra trouxa. No mínimo mais que quatro palavras eu poderia ter ouvido dele. Fico imaginado o que o levou a dizer isso. Será que não é verdade que eu faço hemodiálise, e é tudo um sonho meu? Será que a tinta do carimbo dele havia acabado, pois ele deixou de comprar, estava sem dinheiro? Será que ele não dá mais autógrafo, o status subiu a cabeça? (pois quem “imprime” o atestado é a secretária, o médico simplesmente assina). Bom, melhor eu não expor tudo o que penso sobre esse tipo de coisa senão serei visto como um “paciente problema”, traduzindo: encrenqueiro. E ainda tem mais, dia sim dia não estou junto a essa “família”, é melhor nos darmos bem. Encerrando, o meu caso do atestado vou ter que dar outro jeito, “remediar”. Em relação à humanização, acho que posso resumir numa só palavra, “amor”. A partir do momento que você passa a amar seu próximo você o respeita como gosta de ser respeitado. Acho que não custa estender a mão a quem precisa, um dia é você quem pode precisar. Ajudar alguém não é fazer para este, algo, e sim o que ele está precisando. Aproveito esse espaço para agradecer ao Doutor Daniel que me acolheu em sua clínica de hemodiálise quando eu nem sabia que tinha dois rins, e no momento que mais precisei. Agradeço também ao Doutor Marcio que me ensinou uma relação de amizade, uma relação humana entre pessoas que estão em lados diferentes, eu o paciente ele o médico. Foi ai que fiquei mal acostumado, achei que ser bem tratado era “comum”. Podemos ser família sem perder o profissionalismo. Tirem-me tudo, menos minha capacidade de pensar, e meu “amor” pela vida. Grato, Edson.